O governador do Amapá, Clécio Luís, expressou grande satisfação com a recente concessão de licença do Ibama, que autoriza a Petrobras a iniciar perfurações exploratórias no bloco FZA-M-59, localizado na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, dentro da área conhecida como Margem Equatorial. O governador celebrou o fato como um passo fundamental para o conhecimento do potencial energético do Amapá e para o desenvolvimento da região amazônica.
A Margem Equatorial, com potencial estimado em até 16 bilhões de barris de petróleo e capacidade de produção de 1,1 milhão de barris diários, estende-se do extremo norte do Amapá até o litoral norte do Rio Grande do Norte. Essa área marítima é considerada uma das mais promissoras do país para a extração de petróleo, sendo inclusive referida pelo governo federal como o “novo Pré-Sal da Amazônia”. O local das perfurações fica a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa do Amapá.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a exploração da Margem Equatorial poderá impulsionar o PIB do Amapá em até 61,2%, gerando cerca de 54 mil empregos diretos e indiretos. A CNI ainda indica que o desenvolvimento da região pode criar 495 mil novos empregos formais, acrescentar R$ 175 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e produzir R$ 11,23 bilhões em arrecadações indiretas.
Municípios como Oiapoque, Calçoene, Amapá, Macapá, Itaubal e Santana, deverão ser os principais beneficiados, com expectativa de crescimento em serviços, infraestrutura, habitação e formação técnica.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também se manifestou, afirmando que a pesquisa na Margem Equatorial “representa o futuro da nossa soberania energética”. Ele defendeu que a exploração seja feita de forma responsável ambientalmente, com altos padrões internacionais e benefícios para a população brasileira.
A decisão do Ibama tem gerado controvérsia. Ambientalistas e cientistas têm criticado o aval, enquanto organizações da sociedade civil e movimentos sociais prometem contestar o licenciamento na Justiça. Em contrapartida, entidades ligadas à produção de petróleo e gás têm comemorado a autorização, alegando que a produção na região contribuirá para o desenvolvimento econômico do país.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br