O setor mineral brasileiro registrou um expressivo crescimento no terceiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente pela demanda por minério de ferro. O faturamento total alcançou R$ 76,2 bilhões, um aumento de 34% em comparação com os R$ 56,7 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

Minas Gerais, Pará e Bahia se destacaram como os estados com maior participação no faturamento, representando 39%, 35% e 4% respectivamente. O minério de ferro, com um peso de 52% no resultado geral, apresentou um aumento de 27% em relação ao terceiro trimestre de 2024, atingindo um faturamento de R$ 39,8 bilhões.

No âmbito do comércio exterior, o setor mineral exportou aproximadamente 121 milhões de toneladas de produtos, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior. O minério de ferro liderou as exportações, representando 65% do total, com a China como principal destino, absorvendo 69,3% das exportações minerais brasileiras.

As importações também registraram crescimento, com um aumento de 3,3% em dólares, totalizando US$ 2,5 bilhões. Os Estados Unidos, Rússia, Canadá e Austrália foram os principais fornecedores, com destaque para as compras de potássio, carvão mineral e enxofre.

O setor mineral prevê investir US$ 68,4 bilhões em projetos para o período de 2025 a 2029. Embora o minério de ferro concentre o maior volume de investimentos, o maior crescimento percentual é esperado para as terras raras, com uma variação positiva de 49% em relação ao período anterior.

Especialistas do setor apontam para as projeções elevadas de demanda por terras raras na União Europeia e nos Estados Unidos como justificativa para esse aumento. O Brasil possui a segunda maior reserva mundial de terras raras e acompanha de perto as projeções de demandas por minerais considerados críticos e estratégicos, como cobre, lítio, níquel, cobalto, nióbio, zinco e grafita.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br