O Brasil agora conta com 87.362 áreas classificadas como localidades, definindo-se como qualquer ponto no território nacional onde se observa um aglomerado permanente de habitantes. O levantamento foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados são parte do Censo 2022 e revelam um aumento significativo em relação ao Censo de 2010, que registrou 21.886 localidades no país.

A atualização, que multiplicou por quatro o número de aglomerados, decorre de aprimoramentos técnicos, incluindo a melhoria das ferramentas de mapeamento e da metodologia utilizada pelo instituto. Imagens de satélite de alta resolução espacial foram utilizadas no processo.

O mapeamento considera como as pessoas vivem, usam e nomeiam os lugares, e não se limita aos limites político-administrativos.

Segundo o gerente de Malha e Ordenamento Territorial do IBGE, Felipe Leitão, a identificação das localidades enriquece a análise geográfica da distribuição da população brasileira.

O estudo revela diferenças regionais. As regiões Sul e Sudeste concentram mais localidades urbanas, como cidades, vilas e núcleos urbanos. Já o Norte e o Nordeste apresentam os maiores números de povoados e lugarejos, além de maior concentração de localidades indígenas e quilombolas.

O Censo já havia divulgado a existência de mais de 8,4 mil localidades quilombolas e cerca de 8,5 mil localidades indígenas no país.

O IBGE destaca que o detalhamento dos dados pode ser útil para atividades como logística de serviços, infraestrutura, turismo, distribuição de serviços de saúde e educação, conservação ambiental, investigações acadêmicas e desenvolvimento e acompanhamento de políticas públicas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br