As vendas de títulos públicos federais para pessoas físicas, realizadas via Tesouro Direto, registraram um desempenho recorde para o mês de outubro. No período, o volume de negociações atingiu R$ 7,17 bilhões.

O montante representa um aumento de 4,59% em relação aos R$ 6,86 bilhões observados em setembro, e um salto de 27,03% quando comparado a outubro do ano anterior. O recorde histórico para todos os meses foi estabelecido em março, com R$ 11,69 bilhões em vendas.

Os títulos indexados à taxa básica de juros (Selic) lideraram a preferência dos investidores em outubro, respondendo por 48,1% das vendas. Os papéis corrigidos pela inflação, medida pelo IPCA, representaram 32,2% do total, enquanto os títulos prefixados, cuja taxa de juros é definida no momento da compra, corresponderam a 10,6%.

O Tesouro Renda+, lançado no início de 2023 com foco em aposentadoria, teve uma participação de 7,2% nas vendas. Já o Tesouro Educa+, criado em agosto de 2023 para financiar a educação superior, atraiu 1,9% das vendas.

O interesse nos títulos atrelados à Selic se justifica pelo patamar elevado da taxa, que alcançou 15% ao ano. A expectativa de alta da inflação também impulsionou a procura por títulos indexados ao IPCA.

O estoque total do Tesouro Direto ultrapassou a marca de R$ 200 bilhões, atingindo R$ 200,97 bilhões no final de outubro, um aumento de 2,89% em relação ao mês anterior e de 36,68% em comparação com outubro do ano passado. Esse crescimento foi impulsionado pela correção dos juros e pelo fato de que as vendas superaram os resgates em R$ 3,71 bilhões no último mês.

O programa ganhou 238.716 novos participantes em outubro, elevando o número total de investidores para 33.766.759. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 11,7%. O total de investidores ativos chegou a 3.257.794, aumento de 20,7% em 12 meses.

A participação de pequenos investidores é expressiva, com 80,2% das 969.001 operações de venda realizadas em outubro sendo de até R$ 5 mil. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 56,2%. O valor médio por operação foi de R$ 7.631,62.

Os investidores têm demonstrado preferência por títulos de curto prazo, com 54,9% das vendas concentradas em papéis com vencimento de até cinco anos. As operações com prazo entre cinco e dez anos correspondem a 27,3% do total, enquanto os títulos com prazo superior a dez anos representaram 17,7% das vendas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br