IPATINGA – A subsede de Ipatinga do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) recebeu nos últimos dias diversas denúncias de profissionais da educação sobre a falta de itens básicos da merenda escolar em unidades da rede municipal. Entre os alimentos ausentes, estão carne, verduras, legumes, óleo, alho e, em alguns casos, até arroz, comprometendo diretamente a qualidade da alimentação oferecida aos estudantes.

REDUÇÃO DE COTAS
As denúncias se intensificaram após a Prefeitura de Ipatinga comunicar às escolas que, até o final do ano, haveria redução para 30% da cota semanal de carne destinada a cada unidade. Além disso, o comunicado informou que não haverá entrega de pães, que deverão ser substituídos por biscoito cream cracker ou papa de ovo, medidas que afetam diretamente o cumprimento do cardápio nutricional planejado.

ANO LETIVO
Essa decisão desconsidera que o ano letivo segue até 19 de dezembro e que, sobretudo nas escolas de Educação Infantil, a frequência permanece elevada — muitas famílias dependem do atendimento escolar para poder trabalhar. Por isso, EMEIs e CMEIs estão entre os mais prejudicados pela redução no abastecimento.

LEVANTAMENTO
Levantamento realizado pelo Sind-UTE revela que, das 47 escolas da rede municipal, ao menos 33 já enfrentam falta de itens essenciais e dificuldades para cumprir o cardápio elaborado pelas nutricionistas. Em algumas unidades, a situação tem se agravado a ponto de comprometer a oferta de refeições completas.
Diante da gravidade do cenário, o Sind-UTE notificou formalmente a Secretaria Municipal de Educação durante reunião na tarde de terça-feira e também solicitou ao Conselho de Alimentação Escolar que realize fiscalização imediata dentro de suas atribuições.

DIREITO
A coordenadora-geral do Sind-UTE Ipatinga, Cíntia Rodrigues, reforça a importância do tema: “A merenda escolar é um direito garantido às crianças e constitui parte essencial do processo educativo, conforme orientações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A ausência desses itens representa risco à segurança alimentar e ao adequado atendimento pedagógico.”
Cíntia Rodrigues informa que o Sind-UTE continuará acompanhando a situação e cobrando providências urgentes para garantir que todos os estudantes tenham acesso à alimentação escolar adequada e de qualidade.