Dados recentes do Censo 2022 revelam um panorama de desigualdade na distribuição de renda no Brasil. A pesquisa aponta que aproximadamente 41% da população indígena vive com menos de um quarto do salário mínimo per capita mensal. Essa proporção é significativamente maior do que a média nacional, que se situa em 13,3%.
A renda domiciliar per capita média no Brasil, em 2022, foi de R$ 1.638. No entanto, essa média cai drasticamente para cerca de R$ 1.070 nas regiões Norte e Nordeste. Em contrapartida, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentam uma média de aproximadamente R$ 1.900, enquanto o Sul se destaca com a maior renda, atingindo R$ 2.058.
O levantamento também demonstra que 61% da população possuía renda domiciliar de até um salário mínimo. As disparidades regionais são evidentes: no Sul, a maioria da população possuía renda per capita superior a um salário mínimo, enquanto no Norte e Nordeste, mais de 76% e 79% dos domicílios, respectivamente, apresentavam renda per capita inferior a essa quantia.
Entre as unidades federativas, o Distrito Federal lidera com a maior renda, R$ 2.999, enquanto o Maranhão registra a menor, R$ 900. O estado maranhense concentra cinco dos dez municípios com as menores rendas do país. Uiramutã (RR) lidera a lista com R$ 289.
No extremo oposto, Nova Lima (MG) figura como a cidade com a maior renda per capita domiciliar, atingindo R$ 4.300. São Caetano do Sul (SP) e Florianópolis (SC) ocupam a segunda e terceira posições, com R$ 3.885 e R$ 3.636, respectivamente.
O Coeficiente de Gini, indicador que mede a desigualdade de renda, ficou em 0,542 em 2022, indicando um alto nível de desigualdade no país. A região Sul foi a única a apresentar um coeficiente abaixo de 0,5.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br