Comércio Reage: Vendas Sobem em Agosto Após Longo Período de Queda

© Arquivo-Agência Brasil

Após quatro meses consecutivos de retração, o comércio brasileiro apresentou um leve crescimento de 0,2% nas vendas em agosto. A comparação com o mesmo período do ano anterior revela um aumento de 0,4%.

Embora o resultado seja positivo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera o movimento uma estabilidade, dado que o crescimento é inferior a 0,5%. Para o gerente da pesquisa, o resultado indica uma interrupção da queda, mas não sinaliza uma mudança de tendência consolidada.

Atualmente, o setor opera 0,7% abaixo do pico registrado em março de 2025, mas mantém-se 9,4% acima do nível pré-pandemia, observado em fevereiro de 2020.

No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo demonstra um crescimento de 2,2%, porém com sinais de desaceleração desde dezembro de 2024, quando atingiu 4,1%.

Cinco dos oito segmentos pesquisados pelo IBGE registraram alta em agosto. Destaque para equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,9%), impulsionados pela valorização do real frente ao dólar, o que barateou produtos importados. Outros setores com desempenho positivo foram tecidos, vestuário e calçados (1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%), móveis e eletrodomésticos (0,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).

Em contrapartida, os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%), combustíveis e lubrificantes (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%) apresentaram queda nas vendas.

O aumento no volume de empréstimos para pessoas físicas (1,5% em relação a julho), mesmo diante de altas taxas de juros, contribuiu para o desempenho do comércio, favorecendo o consumo.

No comércio varejista ampliado, que inclui atacado de veículos, motos, partes e peças, material de construção e produtos alimentícios, bebidas e fumo, as vendas cresceram 0,9% de julho para agosto e 0,7% no acumulado de 12 meses.

A pesquisa do IBGE abrangeu 6.770 empresas em todo o país e não identificou impactos visíveis das tarifas americanas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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