A arrecadação total de tributos federais alcançou R$ 261,9 milhões em outubro, o maior valor já registrado para o mês, representando um aumento real de 0,92% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, as receitas federais somam R$ 2,4 trilhões, com um acréscimo real de 3,2% em comparação com o mesmo período de 2024.
O desempenho de outubro foi impulsionado pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que atingiu R$ 8,1 milhões, um aumento de 38,8% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é atribuído a mudanças na legislação relacionadas às operações de câmbio e crédito para empresas. Outro destaque foi o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Capital (IRRF-Capital), com uma arrecadação de quase R$ 11,6 milhões, um aumento real de 28,01%. Esse resultado reflete os lucros obtidos por investidores em renda fixa e Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Apesar do recorde, o crescimento da arrecadação tem desacelerado ao longo dos meses. Em julho, a evolução foi de 4,41%, mas a diferença positiva diminuiu gradualmente. Segundo informações, essa desaceleração é um reflexo da economia do país.
A política monetária do Banco Central, com a taxa Selic em 15% ao ano, é apontada como um fator que contribui para essa perda de fôlego. A alta taxa de juros visa controlar a inflação, que está acima da meta do governo.
Um aumento significativo foi observado na arrecadação das atividades de exploração de jogos de azar e apostas, que subiu quase 10.000% em outubro de 2025 em relação a outubro de 2024. A regulamentação das casas de apostas virtuais, as chamadas bets, que passou a valer em 2025, é a principal razão para esse aumento. Em outubro de 2024, a arrecadação dessas atividades foi de R$ 11 milhões, saltando para R$ 1 bilhão em outubro de 2025. No acumulado dos dez primeiros meses de 2025, a evolução foi de mais de 16.000%, passando de R$ 49 milhões para R$ 8 bilhões.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br