Brasil Negocia Fim de Taxas dos EUA: Haddad Alerta Para Prejuízos ao Consumidor Americano

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil apresentará argumentos econômicos para reverter as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo ele, a medida tem elevado o custo de vida da população estadunidense.

Em participação em programa de , Haddad ressaltou que o impacto das tarifas é sentido diretamente no bolso do consumidor americano, que paga mais caro por produtos como café e carne, além de ter acesso restrito a bens brasileiros de alta qualidade, tanto do setor industrial quanto do agrícola.

O ministro lembrou que os Estados Unidos mantêm um superávit comercial com o Brasil e possuem diversas oportunidades de investimento no país, especialmente em áreas como transformação ecológica, terras raras, minerais críticos, energia limpa (eólica e solar).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversaram por videoconferência na última segunda-feira (6). Durante o diálogo, Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros e o fim de medidas restritivas contra autoridades do Brasil.

Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar seguimento às negociações. Os dois presidentes trocaram números de telefone para comunicação direta e planejam um encontro pessoal em breve.

Haddad acredita que a estratégia adotada pelo presidente Lula trará os melhores resultados para o Brasil, independentemente de quem for designado para negociar pelos Estados Unidos. Ele confia na capacidade da diplomacia brasileira de superar o momento, que considera um equívoco baseado em desinformação.

O ministro ainda mencionou que grupos de extrema direita brasileiros estariam disseminando informações incorretas ao governo americano sobre a situação no país. Para Haddad, está cada vez mais claro que o Brasil segue as regras democráticas e o Estado de Direito.

As tarifas impostas ao Brasil refletem uma política do governo americano de aumentar as tarifas contra parceiros comerciais, visando reverter a perda de competitividade em relação à China. Inicialmente, em abril, foi imposta uma taxa de 10%. Em agosto, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40% como retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam as empresas de tecnologia americanas, e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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