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Ipatinga,11/10/2024

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Adilson Mariano

ADILSON MARIANO DÁ DETALHES SOBRE NOVO LIVRO

Roberto Carlos, O Super-homem?

Divulgação
ADILSON MARIANO DÁ DETALHES SOBRE NOVO LIVRO Cena da Peça Roberto Carlos, O Super-Homem

O ator e diretor do Vale AçoAdilson Mariano dá detalhe sobre o novo projeto, intitulado Roberto Carlos, o Super-homem.A entrevista se deu na sede do Grupo de Teatro Entreactos. Adilson Mariano,além de artista e ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura de Ipatinga,também é contador e docente universitário na Faculdade Anhanguera e Fagenius.Adilson Mariano está desenvolvendo o texto da peça Roberto Carlos, o Super-homem!Dentro oprojeto Dramaturgia: Roberto Carlos, O Super-homem! Aprovado pelo edital08/2023 – Territórios e Paisagens Culturais apoiado pela Lei Paulo Gustavorepassados pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) de MinasGerais.

Luiz – Adilson, este novoprojeto tem alguma relação com o famoso cantor Roberto Calor?

Adilson Mariano – Excelentepergunta, Luiz! As pessoas associam o nome do personagem titulo de minha peçacom a emblemática figura do cantor. Porém, afirmo que é uma mera coincidência, nem mesmo as canções são referenciaspara a construção de nossa narrativa.

Luiz – Então por quê estenome?

Adilson Mariano – Como eudisse, é uma coincidência de verdade. O personagem surgiu no momento em que euestava desenvolvendo um vídeo para o projeto ACUENDA da Cia Hibridus de Dança.Tratava-se de um personagem que estava incomodado com alguns posicionamentos dasociedade quanto a sua postura como um homossexual não afeminado. As perguntasque lhe eram direcionadas e que sempre o incomodavam. No primeiro rascunho doroteiro, era apena o que me incomoda. Porém, no processo de criação, a equipeHelena Leitão (assistente de direção) e Wendel Gabriel (assistente técnico de produção)sentiram a necessidade de um nome para o trabalho e para a personagem.

Luiz – Como assim?

Adilson Mariano – Vouexplicar melhor. No prólogo o personagem começa dizendo que o nome dele poderiaser Antônio, Geraldo, Ricardo.... e outros nome e então entrava na temática doque lhe incomodava. O primeiro nome que veio foi Roberto Carlos, mas poderiaser qualquer outro. Sinceramente, no inicio nem pensamos no cantor, mesmoporque eu tenho um primo que chama Roberto e pensei que seria até uma homenagema ele (que por sinal não é gay).

Luiz – A peça já estápronta? Porque você está dizendo em vídeo, ela já foi encenada?

Adilson Mariano – Deixe-meexplicar. No período pandêmico participamos de um edital de produção de vídeose somos selecionados. O nosso trabalho foi Roberto Carlos  Em O que Me Incomoda. No ano seguinteconcorremos no edital de cenas curtas do Casa Laboratório com uma cena“Roberto, Carlos O Super-Homem!”. Os vídeos postados no yotube e no Reelstiveram e ainda continuam tendo grande número de visualizações. Além do mais,as pessoas que conhecem a cena curta começaram a solicitar um espetáculo maiorcom este personagem.

Luiz – Que bom para umpersonagem.

Adilson Mariano – Sim. Asvezes eu encontro pessoas que não conheço. Elas se aproximam e me perguntam seeu sou o Roberto Carlos da peça. Acredito que devido ao fato do personagemfalar sobre a ausência de referencia, algumas pessoas se identificam com ele.

Luiz – Então, este novotrabalho é a ampliação da história?

Adilson Mariano – Não vou dizerque é a ampliação de uma história linear. Eu até pensei em estruturar o textoem uma dramaturgia clássica de uma história. Porém, algumas pessoas que de fatogostam do personagem estão mais interessadas em ouvir o que ele tem a dizer, doque na própria história dele, se é que você me entende.

Luiz – Ficou confuso, entãonão vamos ter a história do Roberto Carlos?

AdilsonMariano – Sim, vai ter a história do Roberto Carlos. A peça começa com ele atendendoao telefone e recebendo a noticia que o avô morreu, a partir deste momento elecompartilha com a platéia a importância deste evento em sua vida. Inclusive, umdos leitores testes, na primeira leitura, pediu que eu demonstrasse nanarrativa como o personagem se tornou em uma pessoa tão imponderada,praticamente um super-homem. É uma construção narrativa complexa em que oselementos devem ser trabalhados para contar a história de como ele se torna osuper-homem.

Luiz– Acompanho o seu trabalho desde muito tempo. Você sempre trabalhou escrevendopeças clássicas e algumas cômicas sem levantar nenhuma bandeira. Seus livros(Bombyx; Hominie Fragile; E, Por Falar em Pessoas) não podem ser consideradoscomo obras LGBT+, porém, percebo em A IRIS POR DETRÁS DO ARCO e agora ROBERTOCARLOS, O SUPER-HOMEM você como escritor está enveredando para um nicho. É issomesmo? Pretende se tornar um escritor apenas deste universo?

AdilsonMariano – Luiz, é muito complicado responder esta pergunta. Escrevo desde os 16anos. Minhas peças e livros abordam diversos universos, inclusive o LGBT+. Oengraçado que quando escrevi a Mandragora, ninguém me perguntou se a Giocondasou eu. Ninguém me perguntou se eu sou algumas de minhas personagens femininasou masculinas em nenhum dos livros anteriores. Agora que escrevi A Iris e agoraestou trabalhando em O Super-homem, as pessoas estão me perguntando se é sobrea minha vida, e principalmente, se eu sou o Roberto Carlos. Isso é chato pracaramba, sou um escritor, sou um artista, cada um dos meus personagens podemser reflexos de alguma experiência que eu tenha vivivo, mas eles sãoficcionais. Muitos personagens são inspirados em fatos reais de jornais, depessoas próximas, mas eu não faço jornalismo. Minha crônica é ficcional. Não,Roberto Carlos, O Super-Homem não é o Adilson Mariano. Somos pessoas distintas.Assim como em qualquer texto, o autor se imprime e neste não seria diferente.Após todo o processo de Roberto Carlos, O Super-Homem, pretendo iniciar aescrita de outro livro que é “Noticias Incríveis de Um Mundo Fantástico”, quenão tem nada a ver com mundo LGBT+.

Luiz– Podemos aguardar a estréia para quando?

AdilsonMariano – Não haverá estréia. O projeto é para a escrita dramatúrgica. Aoterminar o processo da escrita, a mesma irá passar pelo processo de revisão ena seqüência encaminhada para a editora. Faremos o lançamento com uma leituradramática, mas ainda não resolvemos se a leitura será feita por mim, ou por umator convidado.

Luiz– Seria muito bom se fosse com você. Eu adorei a cena curta e também estoucurioso para conhecer um pouco mais sobre o Roberto Carlos, que não é o cantor,mas o Super-homem.

AdilsonMariano – Fico lisonjeado! Mas futuramente, pretendemos fazer a montagem dotexto, mas isso é outra história.

Luiz– Tem previsão para o lançamento?

AdilsonMariano – Ainda não podemos definir, pois estamos na pré-produção, as tudoindica que será entre junho e julho de 2024. É importante destacar a nossaequipe: Adilson Mariano (Dramaturgo); Helena Leitão (Revisora); Michel Henrique(Produtor Cultural); Wendel Gabriel (Assistente de Produção) e Carlos Passos(Elaborador do projeto).



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