Na manhã de 3 de outubro de 2024, o Brasil se despediu de Cid Moreira, um dos maiores ícones do jornalismo, que faleceu aos 97 anos. O jornalista, locutor e apresentador estava internado em um hospital em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, onde tratava de uma pneumonia nas últimas semanas.

Um ícone da comunicação

Nascido em 29 de setembro de 1927, em Piracicaba, São Paulo, Cid Moreira começou sua carreira em 1946, na rádio, e logo se destacou por sua voz inconfundível. Em 1969, ele se tornou um dos primeiros apresentadores do "Jornal Nacional", na TV Globo, onde permaneceu por mais de duas décadas. Sua forma serena e respeitosa de apresentar as notícias conquistou a confiança do público, tornando-o um dos rostos mais reconhecíveis da televisão brasileira.

Moreira também teve uma carreira notável no rádio e foi um dos primeiros locutores a narrar audiolivros, levando clássicos da literatura a um público mais amplo. Seu trabalho não se limitou apenas ao noticiário; ele se aventurou na apresentação de programas de entretenimento e eventos importantes, sempre mantendo um padrão elevado de profissionalismo.

Compromisso com a verdade

A trajetória de Cid Moreira foi marcada por um compromisso inabalável com a verdade e a precisão. Em um contexto de crescente desinformação, seu legado destaca-se como um exemplo de rigor jornalístico. Ele acreditava que o jornalismo desempenhava um papel fundamental na democracia, servindo como um farol de verdade em tempos de incerteza.

Impacto cultural e social

Além de seu papel como jornalista, Cid Moreira se destacou como narrador de audiolivros, contribuindo para a disseminação da cultura e da educação no Brasil. Sua voz poderosa e emotiva fez dele um narrador ideal para clássicos da literatura, tornando a cultura mais acessível ao público.

Legado e memória

A morte de Cid Moreira deixa um vazio irreparável no jornalismo brasileiro. Sua dedicação e profissionalismo servirão como inspiração para novas gerações de jornalistas, que buscam seguir seus passos. A importância de sua contribuição para a comunicação no Brasil será lembrada em escolas de jornalismo e por profissionais que ainda se inspiram em seu trabalho.

Em uma era em que o jornalismo enfrenta desafios sem precedentes, a mensagem de Cid Moreira ressoa mais forte do que nunca: a ética, a verdade e o compromisso com o público devem sempre estar no centro da prática jornalística.

Com sua partida, o Brasil perde não apenas um grande jornalista, mas também um defensor da verdade e da integridade no jornalismo. A memória de Cid Moreira permanecerá viva em cada reportagem que busca honrar os princípios que ele tanto valorizou. Descanse em paz, Cid Moreira. Seu legado é eterno.