Olhe bem a floresta
1ª edição do Prêmio PERD de Fotografia Criativa estimula o olhar sobre a maior reserva de mata atlântica de Minas
A maior reserva contínua de mata atlântica de Minas Gerais,
Parque Estadual do Rio Doce (PERD), que acaba de completar 80 de fundação, será
tema de um concurso fotográfico que será lançado nesta segunda-feira (18).
As comunidades do entorno do parque também integram a
temática sugerida pelo 1º Prêmio PERD de Fotografia Criativa. O projeto, que
tem patrocínio da Vale e apoio do próprio Parque, abre inscrições para
fotógrafos e fotógrafas, amadores ou profissionais de todo o Brasil. A iniciativa é da Sociedade Marlierense de Cultura, Lazer, Esportes e
Defesa do Meio Ambiente (Somacultural). Integram a equipe do projeto
os fotógrafos
Igor Silva e Rodrigo Zeferino, ambos residentes em Ipatinga.
Serão R$ 6 mil divididos entre os autores das três fotos
mais bem avaliadas pelo júri, composto por um total de cinco profissionais de
reconhecida atuação na área, sendo quatro da região, os já citados Igor Silva e
Rodrigo Zeferino, a fotógrafa e artista visual Tatiane Bispo, o fotógrafo e
documentarista Nilmar Lage, além da artista visual Marilene Ribeiro, que vive e
trabalha entre Belo Horizonte e Londres. Além das premiadas, outras 22
fotografias serão selecionadas por este conselho curatorial para integrarem uma
exposição itinerante que será montada em três diferentes locações.
A inscrição é
gratuita e estendida a pessoas físicas,
brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência no Brasil, com
visto de permanência definitiva e Registro Nacional de Estrangeiros (RNE).
Ideia antiga, a Somacultural vem tentando viabilizar este
concurso já há alguns anos, e sentiu que não poderia haver ocasião melhor que a
comemoração do aniversário de oito décadas do parque, fundado em 14 de julho de
1944. Segundo os realizadores, o projeto vem fortalecer um conjunto de ações
que estão sendo implementadas pelo Instituto Estadual de Florestas (que
administra o PERD), a gerência do parque e a própria comunidade, todos reunidos
em torno do propósito de conferir maior visibilidade a este verdadeiro tesouro
ecológico que margeia as três principais cidades do Vale do Aço.
Além dos mais de 35 mil hectares de área coberta por mata
nativa, a unidade de conservação concentra mais de 40 lagos em seu interior, o
que a torna o 3º maior complexo lacustre do país, ficando atrás apenas da
Amazônia e do Pantanal. Contudo, apesar dos pomposos títulos, o PERD ainda é
pouco conhecido e frequentado pela população do Vale. “Nós que temos uma
relação muito próxima com o parque, sabemos de sua importância ambiental, não
só para a região, mas para o mundo. Por isso consideramos primordial o trabalho
de conservação desta floresta. E quanto mais pessoas conhecerem e se
apaixonarem pelo PERD, maior será o senso de pertencimento da população com
relação a ela”, diz Igor Silva.
O período de inscrições é longo, vai até o dia 20 de janeiro
de 2025. De acordo com Rodrigo Zeferino, que, além de jurado, é curador do
projeto, a ideia é que os potenciais concorrentes tenham algum tempo para
desenvolver um trabalho fotográfico tendo o PERD como tema. “Esperamos que esta
seja a primeira de muitas edições deste concurso, e como forma de estímulo à
produção, decidimos dar mais tempo para que os interessados visitem o parque e
seus arredores para gerar o material com o qual poderão concorrer”, afirma
Zeferino.
O edital com o regulamento completo para participação no
concurso está disponível no perfil da Somacultural no Instagram @somacultural e
no site www.premioperd.com.br.
Serviço:
Início do período de inscrições: 18/11/2024
Encerramento das inscrições: 20/01/2025
Link para inscrições: www.premioperd.com.br
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