Moradores de Revés do Belém denunciam abandono: ruas intransitáveis comprometem a rotina no distrito
“Nosso cotidiano é insustentável. As péssimas condições das ruas impacta diretamente a rotina das famílias de Revés”
BOM
JESUS DO GALHO – É crítica a situação das vias do bairro
Novo Horizonte, no distrito de Revés do Belém.
Tomadas pelo barro nos dias de chuva e pela poeira em períodos de sol,
os moradores enfrentam dificuldades que afetam diretamente o dia a dia, como
levar os filhos à escola ou realizar tarefas básicas. “O abandono das ruas
escancara o descaso com a população. A sensação de abandono é generalizada”,
denuncia moradora da localidade.
“Olhem como precisamos
de providências com urgência. Não consigo levar meu filho à escola porque o
barro na minha rua está demais. Que vergonha! Só visitam nossas ruas e casas na
época de eleição. Depois disso, o povo que se dane”, desabafa uma moradora indignada.
O relato reflete o sentimento de revolta e cansaço da comunidade.
Na Avenida G, uma das
principais do distrito, o cenário não é diferente. “Toda a avenida está
comprometida. Não conseguimos sequer ir à padaria a pé. É uma vergonha no meu
ponto de vista”, reforça outra residente. A população questiona a falta de ação
do poder público, especialmente em relação a soluções simples, como a
utilização de pó de escória, oferecido gratuitamente por empresas da região,
como Usiminas e Aperam. “Está impossível transitar a pé. É só ir buscar o
material. Por que os governantes não tomam providências?”, questiona um
morador.
O impacto da situação
vai além da mobilidade. Nos dias de chuva, o barro impede a circulação. No sol,
a poeira invade as casas, comprometendo a saúde da população. “Estamos presos,
sem condições de sair ou apreciar as bênçãos de Deus, como o sol e a chuva.
Cada dia fica mais difícil”, desabafa outro habitante.
A precariedade das ruas
de Revés do Belém é um reflexo de um descaso estrutural que atinge não apenas a
infraestrutura, mas também a dignidade da população, é o que observa o
munícipe. Ele sublinha que “enquanto os moradores clamam por soluções urgentes,
a ausência de respostas concretas do poder público reforça o sentimento de
abandono e negligência histórica”, finaliza a revesense.
As ruas, já precárias,
pioraram ainda mais após as escavações realizadas para a instalação das redes
de esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). A obra foi inaugurada antes
mesmo de ser concluída, e as vias, que ficaram danificadas durante os trabalhos,
nunca foram recuperadas. “Eles se preocuparam em fazer a cerimônia, mas
deixaram a população lidar com as consequências”, reclama um morador.
Ele
frisa que o caso do Novo Horizonte é emblemático de como a falta de
planejamento e compromisso do poder público pode comprometer a qualidade de
vida. “Enquanto aguardamos soluções, vivemos em um estado constante de
abandono, vendo nossos direitos básicos serem negligenciados.
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