Racismo no Paraná: Vítima punida com mais rigor que o agressor

© paulovitor_98/Instagram

Caso polêmico no futebol paranaense gerou indignação após decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR). Um jogador do Nacional, identificado como Paulo Victor (PV), foi punido com uma suspensão de dez jogos após ser vítima de racismo durante uma partida contra o Batel, válida pela Taça da Federação Paranaense de Futebol, ocorrida em 4 de outubro. O atleta foi chamado de “macaco” por um jogador adversário.

A controvérsia reside no fato de que o agressor, Diego Gustavo de Lima, do Batel, recebeu uma punição menor: sete jogos de suspensão. A situação se agrava porque, após ser alvo da injúria racial, PV reagiu e agrediu fisicamente Diego, desferindo um soco. Além disso, foi acusado de cuspir no agressor, o que contribuiu para a pena mais severa.

O jogador que proferiu a ofensa racial teve seu contrato rescindido e não faz mais parte do elenco do Batel de Guarapuava.

Em suas redes sociais, Paulo Victor manifestou seu descontentamento com a decisão do TJD-PR, questionando a disparidade na punição e expressando o sentimento de não ter recebido o devido amparo. “Meu sentimento já era de impotência, agora ainda mais. Não me senti amparado e queria entender realmente essa sentença de pegar mais jogos do que quem cometeu o crime”, declarou o jogador. O caso levanta debates sobre a efetividade das punições em casos de racismo no esporte.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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