Após um breve respiro em agosto, o comércio varejista brasileiro apresentou nova retração em setembro, com uma queda de 0,3% no volume de vendas. Este resultado marca o quinto mês de declínio em um período de apenas seis meses, interrompendo um crescimento de 0,1% observado em agosto e revertendo uma sequência de quatro quedas consecutivas entre abril e julho.

O acumulado dos últimos 12 meses aponta para um crescimento de 2,1%, o menor índice registrado desde janeiro de 2024. Observa-se uma trajetória decrescente no desempenho do comércio desde abril, quando o crescimento anual atingiu 3,4%.

Seis dos oito setores analisados apresentaram queda em setembro: Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,2%), Combustíveis e lubrificantes (-0,9%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), Móveis e Eletrodomésticos (-0,5%), e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria demonstra uma tendência de queda persistente, atribuída à migração de parte de seu portfólio para outras áreas, como a transição do livro físico para formatos digitais.

No comércio varejista ampliado, que engloba atividades de atacado como veículos, motos, partes e peças, material de construção e produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve um crescimento de 0,2% de agosto para setembro e um aumento de 0,7% no acumulado de 12 meses.

Em relação a setembro do ano anterior, 2024, houve um aumento de 0,8%. No terceiro trimestre, o setor apresentou um recuo de 0,4% em comparação com o segundo trimestre.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br